domingo, 14 de outubro de 2012

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Sábado, 12 de julho de 2008

FILME SOCIAL: O Óleo de Lorenzo


FICHA TÉCNICA

TÍTULO ORIGINAL: Lorenzo´s Oil
DIRETOR: George Miller
GÊNERO: Drama.
ANO: 1992.
PAÍS: Estados Unidos
DURAÇÃO: 135 min.
ELENCO: Susan Sarandon, Nick Nolte, Peter Ustinov, Kathleen Wilhoite, Gerry Bamman, Margo Martindale e James Rebhorn.
PREMIAÇÕES: Duas indicações ao Oscar (Melhor Atriz - Susan Sarandon, e Melhor Roteiro Original); e uma ao Globo de Ouro (Melhor Atriz - Drama).

SINOPSE

"Lorenzo levava uma vida normal até que aparecem diversos problemas de ordem mental, que são diagnosticados como ADL, uma doença extremamente rara e que provoca incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em pouco tempo. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento para a doença. Começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença. O Óleo de Lorenzo é uma história verídica, de Lorenzo Odone, que aos oito anos começou a demonstrar os sintomas de rara doença genética e incurável, a adrenoleucodistrofia (ADL). Quando seus pais foram informados deste terrível diagnóstico do filho único, não se conformaram e iniciaram uma batalha científica para melhor entender o inimigo invisível que ia destruindo o cérebro de Lorenzo, deixando-o cego, surdo, paralítico, incapaz de engolir e de se comunicar. Diante do inesperado desengano dos médicos, eles decidiram estudar livros de medicina e os poucos artigos científicos da época. (...) Quando eles acreditavam que haviam encontrado alguma informação relevante, procuravam médicos e professores dos cursos de medicina e discutiam com eles suas idéias, sempre buscando encontrar uma forma de tratamento que minimizasse o sofrimento de Lorenzo. As dificuldades encontradas foram enormes, desde preconceitos de profissionais por serem eles leigos em Bioquímica e Medicina; à impossibilidade de realização de testes em humanos, de tratamentos ainda não autorizados pelo FDA (Food and Drug Administration – Órgão que fiscaliza a saúde nos Estados Unidos). Uma luta intensa para encontrar parceiros químicos com competência para produzir a fórmula dos óleos que eles acreditavam que pudessem curar Lorenzo. A ADL se caracteriza pelo acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa (principalmente ácidos com 24 e 26 carbonos) na maioria das células do organismo afetado, mas principalmente nas células do cérebro, levando à destruição da bainha de mielina, que protege determinados neurônios. Sem a mielina, eles perdem a capacidade de transmitir corretamente os estímulos nervosos que fazem o cérebro funcionar normalmente e aí surgem os sintomas neurológicos da doença. O óleo de Lorenzo é uma mistura de dois ácidos graxos insaturados, o ácido oléico (C18:1) e ácido erúcico (C20:1), cujo metabolismo se sobrepõe ao dos saturados, evitando assim o seu acúmulo. Para chegar a isso, os pais de Lorenzo estudaram os resultados de muitas pesquisas na época, inclusive feitas em animais. Eles sabiam, por exemplo, que o óleo é tóxico para ratos, levando-os à morte, mas tiveram a coragem de ministrar em seu filho e mostrar ao mundo que o óleo é inofensivo aos humanos e que podia reverter e principalmente evitar os efeitos catastróficos da ADL. A família ainda enfrenta dificuldades com o FDA, que até hoje não autorizou o uso em humanos. O óleo é hoje produzido por uma companhia inglesa, e o Sr. Odone não recebe nenhuma porcentagem das vendas."

Por Alice Martins

FONTE: http://pt.shvoong.com/humanities/film-and-theater-studies/1586410-%C3%B3leo-lorenzo

Fonte:
http://gritopacifico.blogspot.com.br/2008/07/filme-social-o-leo-de-lorenzo_12.html

COMENTÁRIOS DIVERSOS

"O filme foi excelente, serviu principalmente para entender a fundo a carreira que escolhi (Nutrição), nos mostra como cada profissão tem seu papel na vida das pessoas, e como ter força de vontade e amar o que fazemos nos deixam mais próximos da realização!"

Por Raquel Silva

FONTE: http://www.adorocinema.com/filmes/oleo-de-lorenzo/oleo-de-lorenzo.asp


"Todos nós temos problemas. Mas não há sofrimento maior e mais revoltante do que ter um filho condenado à morte. Mas quando isso acontece, preferimos chorar e amaldiçoar o Criador por ter nos abandonado. Por que aconteceu comigo? Por que justo o meu filho? Essa última pergunta, então, revela um egoísmo assustador. Se acontecer com os outros, ficaremos penalizados, mas estará tudo bem. (...) Só que, ao invés de ficar chorando pelos cantos, foram à luta e buscaram conhecimento médico. Como autênticos estudantes de medicina, pesquisaram, buscaram, experimentaram...

Mas, como em tudo na vida, nossos "heróis" encontraram resistências: resistência da poderosa indústria farmacêutica, que não quer investir milhões de dólares para pesquisar a cura de doenças raras, pois isso não dá retorno financeiro; resistência dos médicos, que alegam ser anti-ética a continuação das experiências; resistência dos governantes, que fundamentados em leis burocráticas e protecionistas, proíbem-nas; resistência dos próprios pais de crianças vítimas do mesmo mal, que encaram o "novo" como uma coisa assustadora.

O casal superou tudo isso, servindo-se até de meios ilegais como o contrabando, para tentar curar o filho. Sem nenhum diploma, sem nenhum conhecimento acadêmico, esses pais perseverantes deram um passo gigantesco em prol da humanidade. (...) Não é um filme água com açúcar; é denso, desafiador, que exige uma reflexão, e que nos ensina uma lição muito antiga e óbvia: SE NÓS NÃO AGIRMOS, NINGUÉM O FARÁ POR NÓS! A exibição desse filme deveria ser obrigatória para todos os estudantes de medicina e para os médicos já formados."

FONTE: http://www.ivox.com.br/opiniao/?id=99921


"Recomendo que antes de ver "O Óleo de Lorenzo" você deixe um lenço por perto e fique preparado para cenas chocantes, marcantes e, por fim, fortes. Tem momentos belíssimos, comete seus erros em alguns momentos, mas não tem como não se envolver com essa magnífica história de amor familiar, onde você não sabe o que é o melhor a fazer, mas que depois de muita batalha a recompensa vem de forma infinita.
(...) Os conflitos com os médicos são excelentes, onde os pais lutam pela vida dos filhos e os médicos lutam não pela vida humana, mas sim pelo sucesso da ciência, fazendo milhares de testes e esquecendo que se trata de um ser humano.(...) Perdendo noites e dias lendo livros, os pais vão encontrando pequenas soluções. (...) Tanto que todos que cuidam do garoto vão sendo mandados embora em poucos dias de acompanhamento (...) Mas será que Lorenzo quer realmente passar a vida esperando esse milagre?

(...) Mais que uma lição de vida, é uma lição de amor, carinho e afeto. Nada na vida é tão difícil quanto parece, mesmo parecendo impossível qualquer salvação vale batalhar até o final. Hoje muitas crianças já foram salvas por causa do óleo de Lorenzo, uma mistura simples, que salva pessoas. Hoje em dia a doença já é praticamente inexistente. "O Óleo de Lorenzo" é mais que um filme, é um grande aprendizado."

Por Henrique Miura

8 comentários:
Tailaine disse...
Lembre-se de que quando temos uma situação difícil , não podemos deixar que frustem nossos sonhos.
não percam nunca a esperança , tenham certeza de que quando as coisas parecem ser complicadas ,só você pode torna-las fáceis.Não percam nunca a esperança tenha sempre fé em Deus , ele te ajudará´.
O filme mostrou que quem tem filho portador da ADL não precisa se esconder , pois já existe cura.
Hoje graças a descoberta da Síndrome de Lorenzo , é possível descobrir se a criança é portadora da ALD pelo teste pré-natal.
O filme seviu como exemplo de vida para nós , pois percebemos que não é com qualquer coisa que devemos nos abalar e desistir de lutar pelos nossos ideais , pelos nossos sonhos temos que seguir o exemplo da família de Lorenzo , insistir e persistir até ofim .


COLÉGIO POLIVALENTE DE CONCEIÇÃO DO COITÉ
DISCIPLINA REDAÇÃO
PROFESSORA SELMA
ALUNAS TAILAINE E ZORAIDE
SÉRIE 3 ano
jardel disse...
O oléo de Lorenzo

O filme relata sobre uma doença rara que até então não há cura, com o passar do tempo essa doença passou a ser chamada de ALD, afeta principalmente criança e há pouco tempo de vida.
Lorenzo era uma pessoa normal até manifestar os primeiros sintomas da doença. Começou a ficar nervoso no colégio e em casa com seus pais e familiares, ao perceber a mudança dele levaram ao médico onde descobriu que era um dos portadores da doença.
Herdado de sua mãe personagem portadora da ALD, seu pai sabendo que ela tinnha pouco tempo de vida desesperado procuraram uma solução, decidiram estudar a doença para tentar ajudar as vítimas da ALD.
Através de tanto esforço conseguiram fazer o óleo de Lorenzo que trouxe bons resultados. Não conseguiram curar totalmente mas diminuiram a doença. Recuperaram alguns movimentos e aumentou o tempo de vida.

Colégio - Polivalente de C. do Coité
componentes: Lucivânia, Antônio Marcos, Geórgia e Jardel
Disciplina: Redação
Professora: Selma
Anônimo disse...
O filme é mais uma demostração da certeza que temos, que com amor , esperança e determinação tudo se realiza. LORENZO não conseguiu voltar a ter uma vida normal, mas se talvés seus pais nao tivessem sido incansáveis em busca se sua recuperação , se tivessem se entragado a fraqueza ,seguido os conselhos da queles que diziam que o unico modo de aliviar o sofrimento era deixa-lo morrer,com certeza Lorenzo nao estaria mas entre aquela família e não seria um motivo a mas para as famílias de outras crianças que passaram pela mesma situação na luta pela vida de seus filhos. Os pais de Lorenzo foram heróis encasáveis. Deixaram de lado suas vidas para salvar a do filho. Lutaram feito feras por aquela criança indefesa ,a qual, todos achavam que teriam pouco tempo de vida . Essa história é uma lição de vida que deve ser seguida e imitada por todos.

COLÉGIO: POLIVALENTE DE CONCEIÇÃO DO COITÉ DESCIPLINA: REDAÇÃO PROFESSOR: SELMA MASCARENHAS ALUNOS: EDINELMA ROSILENE WILSON SÉRIE:3EMB
Anônimo disse...
O que falar quanto a Lorenzo? Bem...a ele, parabéns, por ter vencido algo que diziam ser "incurável", mas enquanto aos pais do garoto? Se nós imaginássemos no lugar dele, talvez teríamos inveja do mesmo, pois não é todo pai e mãe que dedicaria tanto tempo de estudo que buscasse conhecimento acerca da doença que se passava com o filho, sendo eles capazes de esquecer o trabalho, afazeres, família, esquecendo até mesmo deles próprios para poder salvar o filho.
Os médicos estavam mais preocupados com o dinheiro do que com o aprofundamento nos estudos que breve, serviriam para salvar outras vidas.
A persistência sempre dá bons resultados quando há chance. Uma maneira de melhorar a saúde de Lorenzo, ou pelo menos dar de volta o que a doença levara dele. Foi encontrado de uma maneira simples do óleo extraído do azeite de oliva, que ficou conhecido como o "Óléo de Lorenzo" que devolveu a vida a milhares de pessoas e até hoje da resultado fazendo com quem tem a doença viva normal, graças a ele e as seus pais e a todos que acreditavam que isso seria possível.

Colégio - Polivalente de C. do Coité
Série - 3º B
Componentes: Aline, Itamara e Wenderson
Disciplina: Redação
Professora: Selma
Anônimo disse...
O filme o Óleo de Lorenzo transmite uma ótima mensagem. Pois
os pais de Lorenzo mesmo abalado com a doença do filho ergueram
a cabeça e foram buscar alguma solução, pois não podia contar com
a ajuda dos médicos, cujos não tinha conhecimento sobre a doença.
Os pais de Lorenzo seguiram firmes e forte nessa busca, no entanto,
contaram com ajuda de amigos e pessoas que tinha filhos com a
doença ADL.Com muito esforço descobriram o Óleo de oliva em
que foi usado em seu filho e com isso diminui o efeito da doença.
A mensagem que o filme passa é que não devemos desistir de
lutar nunca mesmo que pareça ser uma coisa impossível, pois com
amor e força de vontade chega lá.

Colégio – Polivalente de C.do Coité
Alunas- Lucineide, Lucicleide, Valdinéia
Série- 3 ano B
Professora- Selma Mascarenhas.
Anônimo disse...
O filme O Óleo de Lorenzo relata um ato heróico que mudou a vida de Lorenzo.
Ao descobrir que seu filho estava doente , os pais de Lorenzo procuraram um médico e qual não foi a surpresa ,descobriram que seu filho tinha pouco tempo de vida.
Desesperados recorreram a vários especialistas os quais demonstraram se resistentes
Afirmando não haver solução para o problema.
Ainda assim os pais de Lorenzo não desistiram e decidiram pesquisar sobre a doença a fim de amenizar o sofrimento e prolongar os dias de vida do filho.
Lorenzo tinha ADL, uma doença até então desconhecida e sem tratamento.Manifestando-se nos homens a partir dos cinco anos de idade, causando debilidade total no individuo e em pouco tempo a morte.
Os esforços da família de Lorenzo teve um resultado inesperado por todos.Depois de muitas pesquisas descobriram a produção de um óleo que prolongou a vida de Lorenzo
E diminuiu as debilidades do mesmo .O óleo foi denominado Óleo de Lorenzo. t

CLÉGIO POLIVALENTE CONC. DO COITÉ-BA
SÉRIE: 3º EMB Vespertino
ALUNAS: Daniele Santana, Elâine Silva, Rutimeury Almeida
PROFESSORA: Selma Mascarenhas
DISCIPLINA: Redação
Anônimo disse...
O OLEO DE LORENZO FOI UM DESAFIO A MEDICINA NÃO E PRECISO TER LIVROS PARA INVESTIGAR TEMOS QUE TER INICIATIVA,DETERMINAÇÃO,CORAGEM.TODOS PROFISSIONAIS DA INDEPENDENTE DA AREA DEVERIAM TOMAR ESSA HISTORIA COMO EXEMPLO E SE INFILTRAR BEM MAIS NESSA CARREIRA QUE TEM SEGREDOS QUE PRECISAM SER DESVENDADOS E SO UMA QUESTÃO DE DESAFIO A SI MESMO.BY SILVINHA
Educação Interativa disse...
Olá, sempre olho seu blog, acho-o interessante e produtivo. Tenho o prazer em comuicar-lhe que criei um blog pra trabalhar com meus alunos e terei o maior prazer em tê-lo como meu seguidor.

Abraços midiáticos

Proposta de redação- ENEM




Com base na leitura dos textos em sala, e nos conhecimentos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre a seguinte frase: NÃO PODEMOS CONCEBER UM ECOSSISTEMA SEM O HOMEM, NÃO PODEMOS ENCONTRAR O HOMEM SEM ALGUM ECOSSISTEMA. Considerando que SÓ HÁ UMA FONTE INESGOTÁVEL DE RECURSOS: AS IDEIAS. Apresente sugestões  ou medidas interventivas que objetivem suprir as necessidades atuais dos seres   humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações.

Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

De Bem com a Vida

Foto:
Filó, a joaninha, acordou cedo.
- Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia.
- Alô, tia Matilde. Posso ir aí hoje?
- Venha, Filó. Vou fazer um almoço bem gostoso.
Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...
Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta.
- Que lindo dia!
- E pra que esse guarda-chuva preto, Filó?
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva.
De volta à floresta:
- Sapatinhos de verniz? Que exagero! - Disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos.
De volta à floresta:
- Batom cor-de-rosa? Que esquisito! - disse Téo, o grilo falante.
- É mesmo! - disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom.
- Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? - disse a aranha Filomena.
- É mesmo! - pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido.
Cansada da tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio.
Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
- Titia, vou deixar a visita para outro dia.
- O que aconteceu, Filó? - Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho...
- Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te esperando com um almoço bem gostoso.
No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.


Quem é quem
Nye Ribeiro, autora desta fábula, é educadora e jornalista e já escreveu mais de 30 livros. Seus últimos lançamentos são Boi Zambu e o Musquitim de Direção (24 págs., Ed. Roda e Cia., tel. [19] 3859-9393, 23 reais) e Colorina, a Árvore da Vida (24 págs., Ed. Roda e Cia., 21 reais). Para saber sobre ela, acesse www.nyeribeiro.com.br e www.rodaecia.com.br.

Nina Moraes, que ilustrou este conto com desenhos e colagens em tecido, é gaúcha de Porto Alegre. Jornalista e ilustradora, colabora com revistas como Bravo e Saúde!, da Editora Abril, além de participar de projetos editoriais e publicitários.

A dança do arco-íris

João Anzanello Carrascoza (novaescola@atleitor.com.br)
Ilustração: Alarcão
Ilustração: Alarcão

Há muito e muito tempo, vivia sobre uma planície de nuvens uma tribo muito feliz. Como não havia solo para plantar, só um emaranhado de fios branquinhos e fofos como algodão-doce, as pessoas se alimentavam da carne de aves abatidas com flechas, que faziam amarrando em feixe uma porção dos fios que formavam o chão. De vez em quando, o chão dava umas sacudidelas, a planície inteira corcoveava e diminuía de tamanho, como se alguém abocanhasse parte dela.

Certa vez, tentando alvejar uma ave, um caçador errou a pontaria e a flecha se cravou no chão. Ao arrancá-la, ele viu que se abrira uma fenda, através da qual pôde ver que lá embaixo havia outro mundo.

Espantado, o caçador tampou o buraco e foi embora. Não contou sua descoberta a ninguém.

Na manhã seguinte, voltou ao local da passagem, trançou uma longa corda com os fios do chão e desceu até o outro mundo. Foi parar no meio de uma aldeia onde uma linda índia lhe deu as boas-vindas, tão surpresa em vê-lo descer do céu quanto ele de encontrar criatura tão bela e amável. Conversaram longo tempo e o caçador soube que a região onde ele vivia era conhecida por ela e seu povo como "o mundo das nuvens", formado pelas águas que evaporavam dos rios, lagos e oceanos da terra. As águas caíam de volta como uma cortina líquida, que eles chamavam de chuva. "Vai ver, é por isso que o chão lá de cima treme e encolhe", ele pensou. Ao fim da tarde, o caçador despediu-se da moça, agarrou-se à corda e subiu de volta para casa. Dali em diante, todos os dias ele escapava para encontrar-se com a jovem. Ela descreveu
para ele os animais ferozes que havia lá embaixo. Ele disse a ela que lá no alto as coisas materiais não tinham valor nenhum.

Um dia, a jovem deu ao caçador um cristal que havia achado perto de uma cachoeira. E pediu para visitar o mundo dele. O rapaz a ajudou a subir pela corda. Mal tinham chegado lá nas alturas, descobriram que haviam sido seguidos pelos parentes dela, curiosos para ver como se vivia tão perto do céu.

Foram todos recebidos com uma grande festa, que selou a amizade entre as duas nações. A partir de então, começou um grande sobe-e-desce entre céu e terra. A corda não resistiu a tanto trânsito e se partiu. Uma larga escada foi então construída e o movimento se tornou ainda mais intenso. O povo lá de baixo, indo a toda a hora divertir-se nas nuvens, deixou de lavrar a terra e de cuidar do gado. Os habitantes lá de cima pararam de caçar pássaros e começaram a se apegar às coisas que as pessoas de baixo lhes levavam de presente ou que eles mesmos desciam para buscar.

Vendo a desarmonia instalar-se entre sua gente, o caçador destruiu a escada e fechou a passagem entre os dois mundos. Aos poucos, as coisas foram voltando ao normal, tanto na terra como nas nuvens. Mas a jovem índia, que ficara lá em cima com seu amado, tinha saudade de sua família e de seu mundo Sem poder vê-los, começou a ficar cada vez mais triste. Aborrecido, o caçador fazia tudo para alegrá-la. Só não concordava em reabrir a comunicação entre os dois mundos: o sobe-e-desce recomeçaria e a sobrevivência de todos estaria ameaçada.

Certa tarde, o caçador brincava com o cristal que ganhara da mulher. As nuvens começaram a sacudir sob seus pés, sinal de que lá embaixo estava chovendo. De repente, um raio de sol passou pelo cristal e se abriu num maravilhoso arco-íris que ligava o céu e a terra. Trocando o cristal de uma mão para outra, o rapaz viu que o arco-íris mudava de lugar.

- Iuupii! - gritou ele. - Descobri a solução para meus problemas!

Daquele dia em diante, quando aparecia o sol depois da chuva, sua jovem mulher escorregava pelo arco-íris abaixo e ia matar a saudade de sua gente. Se alguém lá de baixo se metia a querer visitar o mundo das nuvens, o caçador mudava a posição do cristal e o arco-íris saltava para outro lado. Até hoje, ele só permite a subida de sua amada. Que sempre volta, feliz, para seus braços.

Lenda indígena recontada por João Anzanello Carrascoza, ilustrada por Alarcão

7 erros do professor em sala de aula

Confira como evitar atividades sem foco ou morosas, que roubam um procioso tempo da aprendizagem


1. Utilizar o tempo de aula para corrigir provas

O problema Deixar a turma sem fazer nada ao corrigir exames ou propor que os alunos confiram as avaliações.

A solução Nesse caso, o antídoto é evitar a ação. Corrigir provas é tarefa do educador, para que ele possa aferir os pontos em que cada um precisa avançar. E o momento certo para isso é na hora-atividade.

Ilustração: Orlandeli
2. Exigir que todos falem na socialização

O problema Durante um debate, pedir que todos os estudantes se manifestem, gerando desinteresse e opiniões repetitivas.

A solução
O ideal é fazer perguntas como "Alguém tem opinião diferente?" e "E você? Quer acrescentar algo?". Assim, as falas não coincidem e os alunos são incentivados a ouvir e a refletir.

Ilustração: Orlandeli
3. Não desafiar alunos adiantados

O problema Crianças que terminam suas tarefas ficam ociosas ao esperar que os demais acabem. Além de perder uma chance de aprender, atrapalham os colegas que ainda estão trabalhando.

A solução
Ter uma segunda atividade relacionada ao tema da primeira para contemplar os mais rápidos.

Ilustração: Orlandeli
4. Colocar a turma para organizar a sala

O problema A arrumação de carteiras e mesas para trabalhos em grupo e rodas de leitura acaba tomando uma parte da aula maior do que das atividades em si.

A solução
Analisar se a mudança na disposição do mobiliário influi, de fato, no aprendizado. Em caso positivo, vale programar arrumações prévias à aula.

Ilustração: Orlandeli

5. Falar de atualidades e esquecer o currículo

O problema Abordar o assunto mais quente do momento por várias aulas, o que pode sacrificar o tempo dedicado ao conteúdo.

A solução
Dosar o espaço das atualidades e contextualizar o tema. Em Geografia, por exemplo, pode-se falar de deslizamentos de terra relacionando-os aos tópicos de geologia.

Ilustração: Orlandeli

6. Realizar atividades manuais sem conteúdo

O problema Pedir que os alunos façam atividades como lembrancinhas para datas comemorativas sem nenhum objetivo pedagógico.

A solução
Só propor atividades manuais ligadas a conteúdos curriculares - nas aulas de Artes, por exemplo, para estudar a colagem como um procedimento artístico.

Ilustração: Orlandeli
7. Propor pesquisas genéricas

O problema Pedir trabalhos individuais sobre um tema sem nenhum tipo de subdivisão. Como resultado, surgem produções iguais e, muitas vezes, superficiais.

A solução
Dividir o tema em outros menores e com indicações claras do que pesquisar. Isso proporciona investigações mais profundas e dinamiza a socialização.

Resta lembrar que nem tudo o que foge ao planejamento é perda de tempo. Questionamentos, por exemplo, são indícios de interesse no assunto ou de que um ponto precisa ser esclarecido. "Para esse tipo de desvio de rota, vale, sim, abrir espaço. Afinal, são atividades reflexivas e que auxiliam na aprendizagem", afirma Cristiane Pelissari, formadora da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.


BIBLIOGRAFIA
Competências e Habilidades: Da Proposta à Prática
, Carlos Henrique Carrilho Cruz, 64 págs., Ed. Loyola,

O Caso do Espelho



O caso do Espelho

Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata. Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos: - Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
- Isso é um espelho - explicou o dono da loja.
- Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
- O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
- É não! - respondeu o outro. - Isso é o retrato do meu pai. É ele sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho. Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira. A mulher ficou só olhando.

No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
- Ah, meu Deus! — gritava ela desnorteada. - É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
- Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.
- Que foi isso, mulher?
- Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?
- Que retrato? - perguntou o marido, surpreso.
- Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
O homem não estava entendendo nada.
- Mas aquilo é o retrato do meu pai!
Indignada, a mulher colocou as mãos no peito: - Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira.
- Velho lazarento coisa nenhuma! - gritou o homem, ofendido.

A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa.
- Que é isso, menina?
- Aquele cafajeste arranjou outra!
- Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada.
- Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher!
A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato. Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada.
- Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e desdentada que eu já vi até hoje!
E completou, feliz, abraçando a filha: - Fica tranqüila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!

(Versão de conto popular de origem chinesa, por Ricardo Azevedo).



"O mundo é um grande espelho. Ele reflete de volta o que você é. Se você é carinhoso, se você é bondoso, se você é prestativo, o mundo se mostrará carinhoso, bondoso e prestativo para você. O mundo é o que você é".
Thomas Dreier

Dia 15 de março, Dia da Escola