quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O lobo e o cão- texto e compreensão do texto


O lobo e o cão

Encontraram-se na estrada. Um cão e um lobo. E este disse:

-Que sorte amaldiçoada! Feliz seria, se um dia como te vejo me visse. Andas gordo e bem tratado, vendes saúde e alegria. Ando triste e arrepiado, sem ter onde cair morto! Gozas de todo o conforto, e estás cada vez mais moço. E eu, para matar a fome, nem acho às vezes um osso! Esta vida me consome... Dize-me tu, companheiro: Onde achas tanto dinheiro?

Disse-lhe o cão:

“Lobo amigo! Serás feliz, se quiseres deixar tudo e vir comigo. Vives assim porque queres... Terás comida à vontade, terás afeto e carinho, mimos e felicidade, na boa casa em que vivo!

Foram-se os dois. Em caminho, disse o lobo, interessado:

Que é isto? Por que motivo tens o pescoço esfolado?

-É que, às vezes, amarrado me deixam durante o dia...

-Amarrado? Adeus amigo! (disse o lobo) Não te sigo! Muito bem me parecia que era demais a riqueza... Adeus! Inveja não sinto: Quero viver como vivo! Deixa-me antes com a pobreza! Antes livre, mas faminto, do que gordo, mas cativo!

Fábula de Esopo
Compreensão do texto

1.Para que haja identificação do leitor com a história, é necessário caracterizar as personagens, suas atitudes diante da vida e a situação vivida.

a) Quem são as personagens?

b) O que o texto nos diz sobre elas?

c. Que convite o cão fez ao lobo?

2. O lobo pensou em aceitar o convite. Por quê?

3.O que o fez desistir do convite?

4. Que motivo o lobo apresentou para não aceitar o convite?


5. O texto que você acabou de ler é uma fábula. Você concorda com essa afirmação? Justifique.

6. Numa fábula, há sempre uma crítica a determinado tipo de comportamento que se deveria evitar. Nesta fábula, a crítica se refere a que tipo de atitude?

Exercícios sobre a nova ortografia

Atividades de fixação


1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua portuguesa?
a) 23 b) 26 c) 28 d) 20 e) 21

2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como ‘assembléia’, ‘céu’ ou ‘dói’). Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:

a) Assembléia, dói, céu b) Assembléia, doi, ceu c) Assembléia, dói, ceu

d) Assembleia, dói, céu e) Assembleia, doi, céu

3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com acento circunflexo. Qual delas?

a) Vôo b) Crêem c) Enjôo d) Pôde e) Lêem

4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas corretamente:

a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá
b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama
c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá
d) bússola, império, plateia, caju, Panamá
e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá

5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as grafias:

a) Coautor, antissocial e micro-ondas
b) Co-autor, anti-social e micro-ondas
c) Coautor, antissocial e microondas
d) Co-autor, antissocial e micro-ondas
e) Coautor, anti-social e microondas

6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia?

a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado, ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.

b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado, ainda muito polemico e com ajustes a fazer.

c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de infraestrutura recémaprovado, ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.

d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado, ainda muito polemico e com ajustes a fazer.

e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado, ainda muito polêmico e com ajústes a fazer.

7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa?

a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arquirrival, saúde;

b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saude;

c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saúde;

d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente, arqui-rival, saúde;

e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arqui-rival, saúde.

sábado, 15 de outubro de 2011

Algumas imagens do 1º Sarau Social










Como surgiu o dia do professor

"Tudo começou com um decreto imperial, de 15 de outubro de 1827, que trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Este decreto, outorgado por Dom Pedro I, veio a se tornar um marco na educação imperial, de tal modo que passou a ser a principal referência para os docentes do primário e ginásio nas províncias. A Lei tratou dos mais diversos assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas.

A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica.

Se compararmos a lei geral do período imperial com a nossa atual lei geral da educação republicana, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), persegue ainda ideais imperiais, ao estabelecer, entre os fins do ensino fundamental, a tarefa de desenvolver a “capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”. Portanto, mais de um sesquicentenário da lei, perseguimos os meus objetivos da educação imperial.

A Lei de 15 de novembro também inovou no processo de descentralização do ensino ao mandar criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império. Hoje, além da descentralização do ensino, para maior cobertura de matrícula do ensino fundamental, obrigatório e gratuito, o poder público assegura, por imperativo constitucional, sua oferta gratuita, inclusive, para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (Inciso I, artigo 208, Constituição Federal).

A remuneração dos professores é, historicamente, o grande gargalo da política educacional, do Império à Nova República, de Dom Pedro I a Fernando Henrique Cardoso I e II. O grande mérito do Imperador, ao outorgar a Lei de 15 de outubro de 1827, foi o de não se descuidar, pelo menos, formalmente, dos salários dos professores. No artigo 3º da lei imperial, determinou Dom Pedro que os presidentes, em Conselho, taxariam interinamente os ordenados dos Professores, regulando-os de 200$000 a 500$000 anuais, com atenção às circunstâncias da população e carestia dos lugares.

O economista Antônio Luiz Monteiro Coelho da Costa, especialista em cotação de moedas, atendendo minha solicitação, por e-mail, fez a conversão dos réis, de 1827, em reais de 2001 (discutíveis): estima Luiz Monteiro que 200$000 eqüivalem a aproximadamente R$ 8.800,00 (isto é, a um salário mensal de R$ 680, considerando o 13º) e 500$000 a aproximadamente R$ 22.000(R$ 1.700, por mês).

Os dados mostram como os professores, no século XXI, em se tratando de remuneração, recebem bem aquém dos parâmetros estabelecidos pela lei imperial, no longínquo século XIX. De acordo com dados recentes do Ministério de Educação, do total de professores, 65% ganham menos que R$650, 15% ganham entre R$650 e R$900 e 16% ganham mais de R$900. O salário médio mensal, de acordo com o senso do Ministério de Educação, é de R$1.474 nas escolas federais, R$656 nas particulares, R$584 nas estaduais e R$372 na municipais. Nos municípios cearenses, ainda encontramos milhares de professores recebendo (e com atraso) menos do que um salário mínimo vigente.

Atualmente, a Constituição Federal de 1988, no seu inciso V, artigo 206, garante, como princípio de ensino, aos profissionais de ensino, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional, mas até agora, não há vontade política para se determinar o valor do piso salarial profissional condigno para os professores.

A Lei de 15 de outubro de 1827 trouxe, por fim, para época, inovações de cunho liberal como a co-educação, revelada através da inclusão das meninos no sistema escolar e que as mestras, pelo artigo 13, não poderiam perceber menos do que os mestres.

A formação dos professores foi lembrada pela lei imperial. No seu artigo 5º, os professores que não tinham a necessária instrução do ensino elementar iriam instruir-se em curto prazo e à custa dos seus ordenados nas escolas das capitais.

Preocupados, hoje, com os 210 mil professores leigos, sem formação sequer do pedagógico ofertado no ensino médio, o Brasil contemporâneo, através da Emenda Constitucional n.º 14, de 12 de setembro de 1996 , a LDB, o Fundef, todos promulgados em 1996, orientam os governantes e as universidades para as licenciaturas breves, na luta contra esse déficit de professores habilitados para o magistério escolar, mas com o apoio financeiro do poder público em favor dos professores de rede pública de ensino (Magister, no Ceará, é um bom exemplo).

A expectativa da sociedade, política e civil, é a de habilitar, em nível superior, até o ano de 2007, o grande contigente de professores leigos da educação básica. Será que, ao comemorarmos o Dia do Professor em 2007, 180 anos depois da primeira geral da educação imperial, teremos atingido esse desiderato republicano? "

Vicente Martins
Professor Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral.

Fonte de Pesquisa
http://www.psicopedagogia.com.br


Projeto de Lei que instituiu a data comemorativa

"...O Deputado Estadual Paulista, Dr. Antonio Carlos de Salles Filho, no mandato 1947/51, é o autor do Projeto de Lei que instituiu tal homenagem, em âmbito do território do Estado de São Paulo - e, mais tarde, já como Deputado Federal, no mandato 1955/59, fê-lo com espectro e abrangência nacional, passando os abnegados professores a, pelo menos isto, terem seu dia especial, 15 de outubro...."

Informações enviadas por:
Antonio Luiz Barros de Salles
Recados para Orkut

Recados de Dia do Professor


Parabéns, professor(a)!

Recados Para Orkut

Recados de Dia do Professor


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Jô Soares: sobre o Professor !!!

A MAIS PURA VERDADE, INFELIZMENTE...
É A ÚNICA CATEGORIA QUE SE FIZER GREVE, É OBRIGADA A REPOR AULAS AOS SÁBADOS, EM BREVE PODEM ATÉ REPOR AOS DOMINGOS.

Jô Soares: 
O material escolar mais barato que existe na praça é o Professor!

Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.
 
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a Ele!
  
No dias atuais, em nossa era "moderna", o Aluno pode até levar arma para a Escola,
mas o Professor não pode contrariá-lo, pois machuca a estrutura psicológica das "Criancinhas"
  
 ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, O "HOMO SAPIENS" É UMA ESPÉCIE QUE AUTO-EVOLUI CONSTANTEMENTE!
PODE ATÉ EVOLUIR TECNOLÓGICAMENTE, MAS SOCIALMENTE ESTÁ REGREDINDO A PASSOS LONGOS..
..PARECE QUE DARWIN ESQUECEU ESSA PARTE!




"Como Vencer a Pobreza e a desigualdade"
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. 


Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. 


O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil  está mais para madrasta vil. 


A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
 

E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
 

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
 

A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
 

Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
 

Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
 

Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
 

Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
 

Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com  outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

Dia 15 de março, Dia da Escola